terça-feira, 19 de maio de 2009

Isto é matemática ...

O Banco de Portugal divulgou esta terça-feira um relatório no qual refere que o endividamento das famílias portuguesas é o segundo mais elevado da Europa.
No final do ano passado, o endividamento das famílias representava mais de 135 por cento do rendimento disponível, sendo que no caso da compra de habitação representava 100 por cento, correspondendo ao segundo valor mais elevado da zona euro, apenas superado pela Holanda.
O relatório do Banco de Portugal alerta ainda para a ameaça à banca do crédito mal parado, em constante subida em Portugal, sublinhando que a banca poderá ter de reforçar os capitais e aceitar o Estado como accionista, tal como prevê o programa de recapitalização criado pelo Governo, no valor de quatro mil milhões de euros.
Por sua vez Manuela Ferreira Leite antevê o País na falência :
"Estamos a agravar o nível de dívida na ordem dos 10 por cento ao ano o que significa que, dentro de muito pouco tempo, estamos quase acima dos 100 por cento do PIB e um país em que o seu nível de endividamento é superior àquilo que produz, numa empresa daria uma falência".
Ripostou-lhe o Governo com o atributo da irresponsabilidade.
Pois cá para mim a falar de números é que Manuela se entende e sem dúvida nenhuma, desta vez, não só diz a verdade, como esteve bem no alerta, no aviso.
Lá diz o ditado popular : quem avisa amigo é ...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Claro que pelo menos do processo judicial os documentos já constavam, não ?!...

A totalidade dos processos de gestão de fundos comunitários foi ilegalmente destruída em 2007, por decisão da Autoridade de Gestão do Programa Operacional do Ambiente.
Entre a documentação eliminada encontra-se a relativa à construção e concessão da Estação de Resíduos Sólidos Urbanos da Associação de Municípios da Cova da Beira, cuja adjudicação está no centro de um processo de corrupção com julgamento marcado para Outubro.
Segundo o Público, entre o material destruído contam-se os processos de candidatura aos financiamentos do Fundo de Coesão bem como a documentação relativa ao controlo da legalidade da contratação das empreitadas e fornecimentos e das despesas efectuadas no âmbito dos projectos aprovados.
À guarda do Instituto Financeiro do Desenvolvimento Regional ficaram apenas os relatórios que se prendem com a auditoria final e o encerramento da intervenção operacional. Estes documentos, dos quais faz parte uma auditoria realizada pela Inspecção-Geral de Finanças, referem-se, no entanto, à globalidade do programa, não havendo qualquer detalhe sobre as centenas de projectos que dele faziam parte.
Ao jornal Público, o gabinete do ministro do Ambiente explicou que a eliminação dos processos foi feita pela autoridade de gestão do Programa Operacional do Ambiente, que os tinha à sua guarda, depois de obtido o parecer favorável da antiga Direcção-Geral do Desenvolvimento Regional.
A decisão foi tomada com base num regulamente da União Europeia que obriga à conservação dos documentos do Fundo de Coesão durante três anos após os últimos pagamentos dos projectos, prazo que expirara em Novembro de 2006, mas ignorou a legislação portuguesa.
(sublinhado nosso)