domingo, 21 de junho de 2009

Para quem pediu que fizesse aqui uma boquinha ...



Acedo ao convite do meu querido amigo Narrador com muito gosto , iniciando contigo, Joana, a publicação neste espaço traçado a cores de transparência, de autenticidade, de verdade .
Uma verdade construída dos tropeços, das quedas das nossas crenças mas erigida na esperança de quem crê que o mundo se altera em pequenos passos : uma mão estendida a quem sofre, um sorriso a quem perdeu toda a vontade de sorrir, um gesto de ternura a quem está ferido, um beijo morno e terno a quem morre, vivendo dia a dia, uma vida sem esperança, um abraço à solidão na multidão, um gesto de doçura que aplaque a amargura na vida daqueles a quem a vida não sorri ...
Estas são as nossas ferramentas para mudar o mundo...
E nesta mudança, meu querido Narrador rendo-me ao pensamento com que te defines no título do blogue :

"Não faço acordos. Não celebro compromissos. Não tenho preferências políticas. Digo o que penso. Calo o que quero. Não me furto a dizer o que penso nem a quem gosto ... Quem puder ... que me julgue ..."

Acho que poderia tê-lo escrito também. Não achas ?...
Sei que esperarias hoje que tratasse aqui um tema sério, talvez da operação maravilha da detenção concertada em 100 cidades portuguesas de mais de duas centenas de portugueses pelas actuações concertadas das nossas polícias para nos assegurar o quanto estamos seguros ...
( Calculo o serviço amanhã ...)
Ou da aceitação em Portugal de presos da prisão de Guantanamo, ou desta mesma, talvez...
Mas , só por hoje, que me estendo dengosamente sobre os efeitos quentes dos raios solares na minha pele pelas primeiras horas de praia, deixa-me fazer coisa menos séria, mais informal.
Deixa-me deixar um beijo que abra portas à ternura e dê as boas vindas aos amigos que hão-de vir ...
Um beijo simples, molhado do sal do mar que nos orgulha , o mar português que foi onda gigante pelos cantos do mundo e ainda para nós conserva tesouros de glória num fundo de águas transparentes a conquistar.
Não há muitas bocas que ostentem com beleza e sensualidade um bom bâton.
Gostaria de vos ofertar o mais doce, suave e envolvente dos beijos.
Talvez com o vosso auxílio, consiga aproximar-me ...
Vamos experimentar :
Pode ser assim ?



Assim?


E assim?
ou assim...

- talvez , o poético?!...


Então e se for assim ? ...


Em todo o caso, vale a intenção: hoje passei por cá para te deixar um beijo ao adormecer , meu amor...

E a ti Narrador, agradeço esses lindos versos de amor ...

Limpamos as armas, revemos estratégias e estamos na luta ... eu a teu lado ...

Um beijinho doce ...

Maria

Da dignidade não pode prescindir-se



Há circunstâncias na vida em que a dignidade humana pode exigir grandes sacrifícios, isto é, heroísmo.

Ninguém tem autoridade moral para exigir de outro um comportamento heróico.

Cada um de nós tem essa obrigação, não porque outros lho peçam ou censurem se o não fizer, mas porque as próprias coisas lho pedem; pede-o sobretudo a dignidade humana.

A história de todas as culturas está cheia de gestos exemplares deste tipo, fora do "normal estatístico".

Mas estas escolhas podem surgir na vida de todos os homens, em circunstâncias "normais". (Juan Luis Lorda)